47 anos de Fraldinha
Marcos
Bassi teve o primeiro contato com a Fraldinha em 1967, quando ainda trabalhava
com a mãe na casa de carnes, da rua Humaitá. Pela casa de carnes passavam
ingleses, italianos, holandeses e franceses. Foi ali que Bassi aprendeu muito
com os exigentes clientes estrangeiros que moravam na região da avenida
Paulista.
.
Um
belo dia uma senhora francesa entrou na casa de carnes e pediu para Marcos uma
peça de bavette. Bassi, como já era chamado pelos clientes, ficou parado em
frente a senhora sem saber o que dizer, pois nunca tinha ouvido falar nada
sobre o corte. A senhora explicou
diversas vezes como era o corte, uma carne fina, sem músculo, muito macia e sem
gordura nenhuma, mas mesmo assim ele não conseguiu identificar.
Foi
então que Bassi convidou a senhora para entrar dentro do açougue, e ali mesmo,
mostrou uma carcaça de boi inteira. Bassi foi apontando para os cortes e juntos
acharam a tal da bavette.
Durante
muito tempo Bassi separava diversas
peças do corte para a senhora buscar, ela adorava a carne, fritava com manteiga
na frigideira de ferro. De repente a senhora sumiu, já havia passado 2 semanas
e as bavettes ficaram lá, encalhadas na geladeira do açougue. Como ninguém
conhecia o corte e nem o modo de preparo, ficaria difícil vender para outras
pessoas.
Naquela
época, Bassi já tinha uma churrasqueira onde preparava diversos assados para
serem levados ou servidos ali mesmo, costumava oferecer petiscos enquanto os clientes aguardavam seus
pedidos.
Então
a bavette foi para a churrasqueira!
Mas
como fazer? Na grelha ficou seca, errou o ponto do sal e estragou a carne. No
forno não deu certo também. Então ela foi para o espeto, compactou a carne e
deixou assando na parte alta da churrasqueira.
O
resultado foi um sucesso, a peça era fatiada em pequenas lascas e servida com
molho vinagrete dentro de um pão francês.
Anos
depois, já no seu clube do churrasco, durante uma discussão sobre o significado
do nome bavette, Eduardo Borgherth por conta de uma confusão ou brincadeira,
disse que bavette significava fralda em francês, fraldinha de neném, quando na
verdade, a palavra significa babador.
Então
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, disse que esse seria o nome, e
logo batizou o corte como Fraldinha.
Antes
considerada como carne de segunda qualidade, hoje a fraldinha é o segundo corte de churrasco mais vendido do Brasil, ficando
apenas atrás da picanha. Logo na primeira mordida, é possível perceber a
textura macia e suculenta que se desmancha na boca, surpreendendo até os
paladares mais exigentes.
Agora,
em novembro de 2013, a Fraldinha do Bassi foi premiada como um patrimônio
gastronômico de São Paulo, pelo Caderno Paladar do Estado de São Paulo.
Para
comemorar essa alegria e consagração, o Templo da Carne promove em janeiro o 2º Festival da Fraldinha.
Fraldinha
- R$ 228,00 – Serve de 3 a 4 pessoas
Couvert
Completo ( Abobrinha assada com azeite, limão, alho poro e azeitonas verdes,
mussarela de búfalo com tomate e orégano, lingüiça de ervas curada, berinjela
caponata, molho de cebola, pão italiano Basilicata, molho chimichurri, patê de
cenoura, torradas e manteiga)
Arroz
do Cozinheiro ( Arroz branco, ovos mexidos, salsinha, batata palha, bacon)
Farofa
Especial ( Farinha de mandioca, lingüiça calabresa, ovos mexidos, salsinha,
alho e bacon)
Cerveja
Heineken 600 ml
BOM APETITE!
Interessante este artigo, com espetos congelados quero fazer na minha casa!
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